Entrevista Exclusiva com o cantor Mano Walter para Day News


Entrevista Exclusiva com o cantor Mano Walter para Day News
Foto: Reprodução/ Mano Walter

Mano Walter,

Cantor e compositor de grandes sucessos da música nordestina, Mano Walter, conhecido por exaltar o ritmo das vaquejadas, é considerado um dos artistas mais consagrados no Brasil. Dono de uma voz inconfundível, o cantor vem conquistando milhares de fãs por onde passa.
José Walter Tenório Lopes nasceu em Quebrangulo, no Estado de Alagoas, filho da professora Elineusa e do pecuarista Djalma, tendo dois irmãos, Diogo e Itamar. Desde criança vivendo no meio rural, começou a cantar e compor acompanhando seu Pai nas vaquejadas e festas de apartações.
Mano Walter primeiro se consolidou-se no Nordeste, e depois conquistou o Brasil. Mas, nem sempre foi assim. Filho de vaqueiro, Mano Walter trabalhou com o pai na roça, onde laçava os bois e tirava leite das vacas. O interesse pela música surgiu quando ele deixou sua cidade para estudar. Mudou-se para a capital Maceió, onde formou-se em engenharia agrícola e pós- graduou-se em segurança do trabalho, mas nunca exerceu a profissão.

Segue abaixo as perguntas elaboradas pela editora-chefe para serem respondidas pelo  Mano Walter:

Day News: Como é escolhido o repertório que você canta nos shows?
Mano Walter: Eu tento colocar em meu repertório músicas que sei que a galera vai curtir, porque o mais legal dos shows é esta troca boa de energias, e para mim como cantor, ver o público cantando comigo é sempre um momento muito especial. Sempre monto um repertório pensando nos fãs, do palco gosto de ver as pessoas cantando e dançando. Curtindo mesmo aquele momento que passamos juntos.

DN: Qual a música que você mais gosta de cantar em seus shows? 
MW: Rapais, isso é como perguntar para um pai qual filho ele gosta mais, sempre vai dizer “de todos”, assim sou em em meus shows, gosto de tudo o que canto, faço a escolha com muito carinho e dedicação.

DN: Como a música entrou em sua vida? 
MW: A música está na minha vida desde sempre! Acho que na época da faculdade começou a aflorar mais a vontade de dividir esta minha paixão com outras pessoas, foi quando resolvi começar a cantar para outras pessoas e fui percebendo que conquistava cada dia mais pessoas com a min ha música.

DN: Qual o momento você considera mais importante da sua carreira?
MW: Sou daqueles que entende todo momento como especial, a explosão nacional de “Não Deixo Não” e “Juramento do Dedinho” , a gravação do meu DVD em São Paulo com participações especiais de grandes artistas como Claudia Leitte, César Menotti e Fabiani, Jorge, Xande Avião, Gustavo Miotto e Maiara e Maraisa. Outro momento que marcou minha carreira foi a indicação ao Grammy Latino em 2019. 

DN: Nessa quarentena, o que você mais gosta de fazer? 
MW: Acompanhar a gravidez da minha esposa, é muito incrível. Em tempos normais isso não seria possível por conta da rotina de shows. Outra coisa bem legal é que voltei a pintar, Eu sempre gostei, mas havia deixado de lado, não por deixar de gostar e sim pela correria do. Meu dia-adia.
Mano Walter e a esposa Débora Silva na quarentena/ Foto: Reprodução Instagram - Mano Walter 

DN: Nesse momento de quarentena. Na sua opinião, qual é o papel da música nos dias de hoje e o que você espera levar para o público com as suas canções?
MW: Acho que principal neste momento é aliviar a tensão e ser uma opção de entretimento, a música tem feito este papel. Levar alegria para as pessoas que estão em casa neste período de incerteza.

DN: Recentemente você lançou sua música de trabalho “Matuto de Verdade”, me fale sobre esse single. O que te levou a escolher essa música? Quais os critérios para selecionar uma música nova?
MN: Esta música tem toda minha essência, porque sou um matuto de verdade, adoro campo, cavalos e tudo que envolve este universo.
Acredito que a música tem que ter uma sintonia, a partir do momento que eu a escuto e sinto que ela mexe com os sentimentos eu gravo. 

DN: O sucesso “Avião de Papel”, surge com novidades em relação as outras canções e clipes. Como surgiu a ideia de fazer um trabalho acústico/ clássico para sua carreira? Como foi o processo de construção desse single? De onde veio a ideia dessa música em parceria com a pianista clássica Juliana D’Agostini?
MN: Eu acho bacana diversificar, musicas românticas são sempre bem vindas para compor o repertório.
Eu recebi a música e de início já me apaixonei, gostei da ideia de inovar misturando o clássico com o sertanejo.
Tive a honra de ser convidado pela Juliana, o legal é que ela quer popularizar o piano e achei a ideia incrível. 

DN: Suas canções tem um estilo de vaquejada e forró. Como foi readaptar este estilo musical para uma canção clássica, tal como, “Avião de Papel”. Como foi esse processo? 
MW: Não foi uma readaptação e sim uma inclusão de romantismo em meio ao mundo agitado do forró e da vaquejada. O melhor da música é que estas misturas são incríveis e atingem públicos de forma diferente.

DN: Em virtude desse projeto clássico, você chegou a pensar em um formato para shows?
MW: A minha essência é a vaquejada, não tenho porque mudar. Quero continuar com minha história e a minha verdade e, quando tiver oportunidade agregar outros gêneros. Embora o piano seja clássico em Avião de Papel ficou romântico e popular, este sempre foi o objetivo.

DN: De onde vem tanta criatividade para se reinventar a cada ano e continuar fazendo sucesso? 
MW: Da paixão pelo que faço, da vontade de querer inovar sem perder a minha essência e colocando Deus em primeiro lugar sempre. 

DN: Você considera que esse é o momento mais especial da sua carreira? 
MW: Acho que vivo momentos diferentes e cada um deles tem sua importância. Vivo um momento mágico porque sou realizado profissionalmente e na vida pessoal. Casado com uma mulher incrível e a espera do meu primeiro filho, Jose’.

DN: Com tantas conquistas no meio artístico, você se sente realizado? Tem alguma coisa que ainda pretende fazer e não conseguiu? 
MW: Sempre vou buscar coisas novas  e sonhar, se um dia isso acabar perde a graça.

DN: Você foi indicado ao Grammy Latino em 2019 na categoria melhor álbum de música sertaneja. Como você recebeu esta premiação e como ela agregou em sua carreira?
MW: Fiquei bem feliz por ver meu trabalho atravessando fronteiras e ser reconhecido é algo que não tem preço. Ali eu estava para festejar a indicação tão importante para minha carreira. 
Mano Walter no tapete vermelho da grande noite do Grammy Latino/ Foto: Reprodução Instagram 

DN: Você pretende fazer uma carreira internacional?
MW: Em 2019 logo após a indicação ao Grammy Latino, iniciamos uma turnê nos Estados Unidos, na qual adorei a experiência de levar a minha música para outro país. Sendo assim não descarto a hipótese de um dia alçar voos maiores. 

DN: Tem planos de gravar um DVD após a pandemia ou até mesmo durante uma live? Já tem mais alguma parceria musical em mente? Pode adiantar alguma coisa? 
MW: Minha cabeça fica sempre a mil, adiamos o nosso DVD por conta da pandemia e assim que tudo isso passar, vou sim retomar. Apesar de termos adiado, contamos com a confirmação de alguns artistas amigos como Wesley Safadao, Raí Saia Rodada, Márcia Felipe e Jorge De Altinho. 

DN: Quais artistas você pretende fazer parceria musical?
MW: Como todos sabem eu sou muito fã de Leonardo, pretendo um dia fazer uma parceria com ele. 

DN: Quais são as suas referências musicais? 
MW: Desde criança ouvi Luiz Gonzaga e Vavá Machado, foram dois grandes que me inspiraram. 

DN: Como está a ansiedade para receber o seu primeiro filho? Qual foi a sua sensação ao descobrir que será pai?
MW: Sempre tive o sonho de me tornar pai e agora Nosso bom Deus está me dando essa oportunidade. Não vejo a hora de segurar José nos meus braços. Apesar desse difícil que estamos vivendo por conta da pandemia, pude acompanhar a gravidez toda de Débora, coisa que seria impossível no ritmo normal de shows. José vem para completar a nossa família e nos tornar ainda mais felizes.

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